sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Luanda e os seus Amores (Ficção)

"Era uma vez, um rei e uma rainha que viviam num castelo. O rei, conheceu a rainha, quando visitava um serviço público do seu reino. Ficou impressionado com a beleza da donzela e sempre que podia passava por lá. Começou a gostar dela e resolveu que seria a sua princesa. Namoraram, fizeram filhos, mas continuava cada um no seu cantinho. Um dia, o rei decidiu assumir a relação e fez dela a sua rainha. Festa no palácio, tudo florido, muita música. Mas, a paixão desapareceu, ficou o amor, e mesmo este, virou rotina. O rei já não olhava para a sua rainha com olhos de ver e esta começou a ser cortejada por vários cavaleiros do reino.Era muito bonita, alta, com presença mesmo de rainha. Ainda procurou que o rei se interessasse por ela como mulher, mas aquele olhava mais para as outras, galanteava as suas súbditas. As flores começaram a murchar, a relva surgiu seca, a alegria, o riso, a harmonia começou a desaparecer do palácio. Um dia, a rainha fartou-se, enamorou-se de um dos cavaleiros e foi embora. Foi um choque, no reino, o rei ficou muito abalado, as opiniões dividiam-se, uns diziam, como é possível fazer isso a um rei que fez dela uma rainha, dava-lhe tudo o que precisava, mas outros, afirmavam, as coisas materiais não são tudo na vida de uma pessoa, o coração dela pedia mais.
O rei não se conformava, fazia tudo para se vingar, mandava os seus pagens com cartas de ameaça em vez de missivas de perdão, estava a perdê-la cada vez mais, quando o que queria era reconquistá-la. Só quando viu que já a tinha perdido para sempre, é que despertou para a realidade da sua situação.O amor por ela era mais forte que o seu reinado e o facto de ser rei não lhe dava o direito de tratar a sua rainha como se fosse uma qualquer, era também, a mãe dos seus filhos. O rei ficou sozinho, todas as noites ao deitar olhava para o lado e não via a sua rainha, acordava, estendia o braço e encontrava um vazio. O sofrimento era o castigo de ser intolerante, não ter dado o valor que devia à sua rainha. Ás vezes, ainda pensa que o tempo apaga tudo e que a sua rainha vai voltar, mas o seu tempo já não é longo e a impaciência tolda-lhe o raciocínio. Fica na janela do seu palácio olhando o horizonte e chorando o seu amor, a dor no seu coração não se vai embora e a imagem da sua rainha o acompanha para sempre. É um castigo muito forte para quem gosta tanto de uma pessoa. Tem a esperança que melhores dias virão, tenta mudar esses seu gostar tanto, por uma amizade ainda mais forte. Seria de certeza menos penalizante, a dor não seria tão dura de sofrer, o coração deixaria de chorar e a amizade limparia as suas lágrimas"

P.S.:Não é uma estória com um final feliz, mas quem sabe, se não virá um outro narrador, que resolva modificar esse fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os reis tem que ter mais cuidado quando escolhem as suas rainhas, nunca elas podendo ser encontradas em servicos publicos, mas sim nos jogos olimpicos, festas de caridade, biblioteca ...Todo o cuidado é, pois afinal o seu povo espera dele atitutes coerentes como saber escolher, tratar bem as donzelas e saber pedir perdao na altura certa...por fim como diz uma amiga minha..quem nasceu para lagartixa não pode ter pretensões a ser jacaré...tem gente q nunca nunca poderá ter aspirações a rainha..se calhar a do relato era uma dessas....