quinta-feira, 16 de julho de 2009

E Kimalanga , de F. Baião, ganha o mundo

Recebi anteontem, com muita alegria, o novo livro do amigo virtual e vizinho dessa Casa, o Fernando Baião (cuja notícia publicada na Revista África 21 reproduz-se abaixo). Foi uma felicidade imensa chegar em casa e encontrar o volume, acompanhado de outro, de histórias bem escritas sobre Angola (e tudo que diz respeito a esse país interessa imenso a nós todos da Casa), depois de uma epopéia que levou uns 15 dias para atravessar o Atlântico.
Por isso, não sei como e onde (em Lisboa deve ser fácil encontrar, no Rio de Janeiro Baião informa que o livro já está à venda nas livrarias Kitabu e Leonardo da Vinci), mas se eu fosse você corria agora para comprar Kimalanga. Do que li até agora, é bwé, bwé fixe. Viva Baião!

Kimalanga, novo livro de FBaiao

Com a devida circunstância e alguma pompa, foi lançada na Casa de Angola, em Lisboa, a última obra do escritor angolano FBaião, Kimalanga, respigos da história recente de Angola, «destes trinta e três/trinta e quatro anos de independência, naquilo que esses anos têm de mais sério, de mais profundo, (…) mais “estruturante” do que somos /ou não somos/ ou fomos/ ou nunca fomos e das diversas etapas que percorremos até hoje», como diz no prefácio Carlos Ferreira (Cassé). O prefaciador vai mais longe e afirma mesmo peremptoriamente: «O Fernando Teixeira, o Baião, dá-nos um retrato literariamente implacável de um quadrante social claro da nossa Angola de hoje. Porém de uma forma tão encantada, tão sui generis, tão simples

e tão desconcertante, que o lemos de uma só penada, de um só jorro».

Utilizando um estilo coloquial que vai enriquecendo com um crescendo de informações e apartes, sem abandonar uma linha narrativa que encontra na linearidade o seu encanto, FBaião agarra realmente o leitor através da utilização de uma estrutura de texto onde o diálogo é substituído eficazmente por uma narração directa, tão dúctil como fluente, enriquecida por um fino humor que tem tanto de cáustico.

Revista África21– julho 2009

6 comentários:

m.Jo. disse...

Enquanto Lisboa e São Paulo se refestelam, Luanda chupa o dedo e economiza o último livro da pilha.
A vida é mesmo injusta.

F. disse...

eu também já comecei a minha leitura... recomendo muito. M.Jo., você pode encontrar o Kimalanga aí na Chá de Caxinde.

m.Jo. disse...

Fui lá hoje. Sábado, a secretaria não abre. Quem sabe na segunda?
bjks

X disse...

Ahahaha, M. Jo, um verdadeiro "descontrolo" esse seu em busco do livro do F. Baião, ahhaah.
X

m.Jo. disse...

Fui de novo no chá. A secretaria estava aberta, mas não é lá que se vendem os livros. É na livraria, outra porta, no andar de cima (escada ennooorrrme). Mas também não tinha o Kimalanga. "Ainda".

Não foi uma viagem de todo perdida. Desci com um Pepetela e um Agualusa, aliviada em 5 mil.

Bjks

Anônimo disse...

Etâ cultura cara :-)